sexta-feira, 24 de setembro de 2010

E se Deus fosse Irreverente?


Sempre que vou falar de algum assunto, gosto de usar o dicionário para facilitar o entendimento das pessoas. O que você entende por REVERÊNCIA? Segundo o dicionário significa: Respeito às coisas sagradas; veneração. Imagine a situação: inicia-se o culto, com a equipe de louvor dando início à adoração. Deus está lá, no altar, esperando para receber nosso louvor, adoração e agradecimento por todos os livramentos e bênçãos dados durante a semana. Você está conversando com o irmão do banco ao lado, sua filha beija e abraça o namorado, seu esposo decide contar uma novidade ao irmão. Um outro resolve levantar e ir ao banheiro, beber água ou então falar com alguém que não vê havia algum tempo. Isso ocorre não só com os que estão para assistir ao culto, mas com aqueles que estão no trabalho pastoral, inclusive, e que teoricamente deveriam dar o exemplo. Conseguiu imaginar a cena?

Agora vamos imaginar uma situação bem interessante: você está desesperado! Está tudo dando errado na sua vida. E aí você tem a ideia brilhante, ir para a igreja para falar com Deus e quem sabe ouví-lo. E aí quando você começa a contar os seus problemas vê que Deus está falando no celular com algum anjo e nem te vê. Ok. Você espera. Quando Ele desliga o telefone e você retoma a conversa, Ele sai para beber água e ir ao banheiro. Você já está indignado, mas tudo bem. Quem é você pra reclamar de Deus?! E quando Ele volta e se senta, você diz “ Pronto, é agora”... engano seu... um outro anjo puxou conversa com Deus e ele nem fez questão de parar!


Bem meus irmãos, é difícil não ter a atenção de Deus não é mesmo? Principalmente quando você está precisando Dele. É uma cena triste Deus te deixar “plantado”, mas, mais triste ainda é você deixar O Senhor esperando pelo seu louvor! Sem dúvida, é sim. Muitas vezes, seja antes do início ou no fim do culto, o templo mais parece um encontro social, onde as pessoas procuram falar sobre assuntos alheios á pregação. Nosso Pai que está nos céus não aprova isso dentro de Sua própria casa. Às vezes a presença do Convidado principal da noite é ignorada. Em muitas ocasiões, participamos dos cultos apenas “de corpo presente”. Em outras situações, participamos em “espírito, alma e corpo”, mas preferimos colocar a conversa em dia com irmão ao lado, reclamar da pregação que está muito longa ou dar uma voltinha lá atrás da igreja para esticar as pernas. Na igreja devemos ouvir Deus falar e conversar somente com Ele. Leia Ec 5.2.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Palmadinha" Cristã


No mês passado o presidente Lula assinou um projeto de lei que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 18. De acordo com a nova lei, o pai ou a mãe que der uma palmada no filho poderá se sujeitar a penas como advertência, obrigatoriedade de um acompanhamento psicológico ou programas de orientação à família. A intenção é boa, mas a nova lei antipalmada gera uma série de questionamentos. Médicos afirmam que as punições físicas são prejudiciais às crianças, psicólogos e pedagogos afirmam que a palmadinha moderada pode ser positiva na educação infantil e os pais se dividem quanto ao assunto. Mas qual deve ser a posição dos PAIS CRISTÃOS?

Em primeiro lugar, como membro da sociedade os pais cristãos precisam estar cientes da responsabilidade de educar seus filhos, e não devem deixar tal encargo sob responsabilidade da igreja, ou de qualquer outra instituição. Tal incumbência é única e exclusivamente dos pais. Se faltar os pais, tal incumbência deve ser transferida a outra pessoa que desempenhe este papel: avós, tios etc.

Em segundo lugar, educar os filhos estabelecendo uma relação de medo, tendo Deus, a igreja, o pastor, o diabo, o inferno, a polícia, o boi da cara preta como carrascos, acaba por produzir homens que não respeitam as instituições e desprezam os que exercem autoridade. Este tipo de educação estabelece o medo em lugar do respeito, pois a relação de confiança não é estabelecida. Quando o medo passa já não há mais motivo para obedecer. A relação que o evangelho estabelece entre Deus e os homens se pauta pela confiança e fidelidade. É possível confiar em alguém rancoroso e vingativo? Não! Ora, como é possível um jovem confiar em Deus, se o que lhe foi apresentado não condiz com a verdade do evangelho? Os pais precisam demonstrar aos filhos que alguns comportamentos não são tolerados porque o pai, a mãe e Deus desaprovam. Que tais atitudes são proibidas efetivamente pelo pai e pela mãe. Que tal comportamento é prejudicial e toda a sociedade também desaprovam. Claro que quando o filho é “grandinho”, o diálogo é um instrumento fácil, mas e quando o filho ainda é criança, desprovido de capacidade intelectual?


Para finalizar, na educação está inserida a conversa, a brincadeira, a repreensão, o alerta etc. Repreensão segundo o dicionário significa censurar, advertir, admoestar energicamente (aconselhar com brandura). Sendo assim, não creio que exista o certo ou o errado, mas sim a melhor forma de fazer dependendo do erro do filho. O que posso afirmar com veemência é que pedindo sabedoria ao Senhor, Ele lhe guiará para agir da forma que Ele agiria.