quinta-feira, 16 de setembro de 2010

"Palmadinha" Cristã


No mês passado o presidente Lula assinou um projeto de lei que modifica o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 18. De acordo com a nova lei, o pai ou a mãe que der uma palmada no filho poderá se sujeitar a penas como advertência, obrigatoriedade de um acompanhamento psicológico ou programas de orientação à família. A intenção é boa, mas a nova lei antipalmada gera uma série de questionamentos. Médicos afirmam que as punições físicas são prejudiciais às crianças, psicólogos e pedagogos afirmam que a palmadinha moderada pode ser positiva na educação infantil e os pais se dividem quanto ao assunto. Mas qual deve ser a posição dos PAIS CRISTÃOS?

Em primeiro lugar, como membro da sociedade os pais cristãos precisam estar cientes da responsabilidade de educar seus filhos, e não devem deixar tal encargo sob responsabilidade da igreja, ou de qualquer outra instituição. Tal incumbência é única e exclusivamente dos pais. Se faltar os pais, tal incumbência deve ser transferida a outra pessoa que desempenhe este papel: avós, tios etc.

Em segundo lugar, educar os filhos estabelecendo uma relação de medo, tendo Deus, a igreja, o pastor, o diabo, o inferno, a polícia, o boi da cara preta como carrascos, acaba por produzir homens que não respeitam as instituições e desprezam os que exercem autoridade. Este tipo de educação estabelece o medo em lugar do respeito, pois a relação de confiança não é estabelecida. Quando o medo passa já não há mais motivo para obedecer. A relação que o evangelho estabelece entre Deus e os homens se pauta pela confiança e fidelidade. É possível confiar em alguém rancoroso e vingativo? Não! Ora, como é possível um jovem confiar em Deus, se o que lhe foi apresentado não condiz com a verdade do evangelho? Os pais precisam demonstrar aos filhos que alguns comportamentos não são tolerados porque o pai, a mãe e Deus desaprovam. Que tais atitudes são proibidas efetivamente pelo pai e pela mãe. Que tal comportamento é prejudicial e toda a sociedade também desaprovam. Claro que quando o filho é “grandinho”, o diálogo é um instrumento fácil, mas e quando o filho ainda é criança, desprovido de capacidade intelectual?


Para finalizar, na educação está inserida a conversa, a brincadeira, a repreensão, o alerta etc. Repreensão segundo o dicionário significa censurar, advertir, admoestar energicamente (aconselhar com brandura). Sendo assim, não creio que exista o certo ou o errado, mas sim a melhor forma de fazer dependendo do erro do filho. O que posso afirmar com veemência é que pedindo sabedoria ao Senhor, Ele lhe guiará para agir da forma que Ele agiria.

Um comentário:

  1. Essa lei está dando o que falar.
    Possa ser que Lula ao pensar nesta lei, estava voltado para aqueles casos de violencias extremas, que podemos ver no jornais do dia a dia.
    Mais nao podemos esquecer, como Nenem mesmo colocou no topico, a questao da educação. Muitas vezes é preciso sim dar umas palmadas.
    O medo é que com a "abolição" daspalmadas, comecemos a criar crianças sem o mínimo de limite.

    Nenemm, mais uma vez parabens. Muito bom esse tema.

    =*****

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